quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O bla bla bla político sobre as chuvas, a nova fábrica de votos.


BBC Brasil
Artigo diz que "por demagogia ou interesses eleitorais, autoridades deixaram que o concreto tomasse os morros" As enchentes e deslizamentos de terra que deixaram mais de 700 mortos na região serrana do Rio são mais um exemplo da “negligência criminosa” das autoridades brasileiras, segundo afirma um artigo publicado nesta quinta-feira pelo diário francês Le Monde.
“A nova tragédia, como outras no passado, ilustra a negligência criminosa de algumas autoridades eleitas. Por demagogia ou interesses eleitorais, eles deixaram que o concreto tomasse os morros, ou mesmo encorajaram a especulação imobiliária”, afirma o artigo.
Para o jornal, “a fúria da natureza tropical” pode ter sido a responsável inicial pelo desastre, mas “os céus têm menos culpa que os homens”.
“Não há fim no inventário das muitas falhas que levaram à tragédia”, diz o artigo, citando falta de capacidade para previsões meteorológicas precisas, inexistência de sistemas de alerta e a ocupação irregular em áreas de risco.
Regra
O diário observa que dados oficiais indicam que 5 milhões de brasileiros vivem em áreas de risco e que a própria presidente, Dilma Rousseff, admitiu que a situação é “mais a regra do que a exceção”.
Para o jornal, as responsabilidades pelo problema estão em todos os níveis do Estado. “A prevenção não faz parte dos discursos dos políticos, totalmente focados em ações imediatas, porque isso daria pouco retorno a eles nas eleições”, afirma.
O artigo observa ainda que o próprio governo brasileiro havia admitido, em novembro do ano passado, que não havia implementado nenhuma das medidas recomendadas para informar, educar e alertar comunidades sob risco. “Nem mesmo com a criação de um banco de dados ou um site na internet”, diz.
O jornal cita ainda a consultora da ONU Debarati Guha-Sapir, do Centro de Pesquisas sobre a Epidemiologia de Desastres (Cred), de Bruxelas, na Bélgica, para quem é um absurdo que o Brasil, com “apenas um perigo natural para administrar”, não consiga fazê-lo.
“Este foi o 37º deslizamento de terra no Brasil em menos de dez anos”, observa. “Imagine se o país também enfrentasse terremotos, vulcões ou furacões. O Brasil não é Bangladesh, não tem desculpas”, afirma.
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Antes era a seca, agora é o excesso de água que dá uma ajudinha aos nefastos políticos do cenário nacional a angariar votos. Não fazem nada e ainda poem a culpa na natureza ou nas pessoas (tudo bem, convenhamos que tem chovido um bocado e as pessoas não aprendem que se jogarem lixo na rua, haverá retorno, mas...). Há grande conivência e pouco caso deles em relação ao assunto. Contanto que não tenham que gastar nada e ainda possam ganhar algum (com o iptu, por exemplo, de muitas casas de pessoas não tão pobres assim que desabaram, estando em áreas de risco. Se isso não é conivência, não sei então o que seria.)

E você ainda vai continuar acreditando em desculpas furadas? Antes de tudo, os políticos tem que deixar a politica de lado para se tornarem governantes de fato.



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