quinta-feira, 31 de maio de 2012

Sobre os poemas e suas significações

Estou procurando acrescentar uma explicação sobre os poemas que fiz para ver se melhora a proximidade com quem os lê, porém tenho pensado sobre isso e não sei se é uma boa via. 

Existe toda uma mitificação sobre o ato de fazer poesia e na explicação que dou sobre o enredo pode parecer que a composição seja banal. 

Eu sei o grau de intensidade de cada sensação que foi vivida e que permitiu a criação de algumas destas linhas e não gostaria que virasse uma coisa qualquer. 

De certa forma, entregar também a chave de leitura impossibilita obter um significado próprio e mais amplo por parte do leitor. 

Enfim, vou retirar as linhas explicativas que já postei sobre alguns poemas, pelo menos aquelas mais extensas sobre a intenção das significações e vou procurar escrever mais sobre o ato de compor, em posts individualizados, com referência aos poemas que demonstrarem estes conceitos. 

domingo, 27 de maio de 2012

Poema - Smoke

Smoke

     a paz

 o silêncio

   ainda ouço

murmúrios ao longe...

      o silêncio irreal

        murmúrios de uma multidão real

    uma realidade voadora...

              cada um

        cada tribo

  uma sobrevivência em risos...

         voando

    leve
    
             solto

         como a fumaça do cigarro...

           só

            longe... PERTO!

         murmúrios ao longe...

       EU estou longe...

           vagando...

    termos vagos...

  vago, vazio...

    murmúrios de um oceano

 calmo

  sossegado...

      longe...

        murmúrios de um povo...

            longe... PERTO!

                ME afasto...
                                   e VOU, MANTENHO ACESA A CABEÇA.


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Revisando as publicações, vi que ainda não havia postado este poema no blog, que foi publicado na Originais Reprovados, conforme já havia divulgado anteriormente.


Como se percebe, gosto de brincar um pouco com o concretismo e com as formas, conforme já havia declarado  sobre meu gosto para composição.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Poema - A Taça

A taça

Quero a vida em uma taça cheia.
Quero a vida que transborda.
Para de um golpe sorvê-la.

Quero me molhar, me encharcar.
Desse viver quero me embriagar.

- Eu quero a vida cheia!

Ser a taça transbordando,
Escorrendo pros cantos,
Molhando o mundo.

Por favor, me sirva.
O limite é a mesa, a terra.

- Deixe a taça transbordar!

Por favor, sirva agora,
Sem miséria, sem demora.

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De uma sentada escrevi esse poema. 

Enquanto me chamavam para compartilhar e aproveitar o mundo, me sentei para escrever meu universo.

Era um feriado, em um sitio em Juquitiba.

Aquele fim de semana demandava estas palavras.

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