O
inverno vem trazer
Desespero
ao coração.
Comprime
o peito o peso
De
espíritos suspensos.
O
olhar se estende,
Não voa além do teto
De nuvens densas.
Ao
muro se prende.
O
calor foi com o vento,
Como pessoas que vão, fechadas,
Em fria e úmida indiferença,
Ou jazem
pelo caminho, fétidas.
Parece
que a luz dos carros
Tencionam cegar, por escárnio,
Estes
olhos que aparentam
Um par
de velas vacilantes.
Tremem
com o corpo que treme,
Pelo
frio que se faz presente,
Pelo
carinho que se faz passado,
Pela
esperança que se faz distante.
Já vivi
mil e um sóis intensos
Por
mil e uma noites extensas,
Mas
hoje o que bate na alma,
No
mesmo lugar, é a afiada lamina:
"Morremos
no momento que nascemos".
A casa
não respira,
Não
há quem nela respire,
Nem
um (nem meu)
Espírito
se lamenta ou geme.
Só
o vento lá fora,
Em
fria e úmida indiferença.
Só a
certeza de que hoje
Morri, um
tanto mais do além.
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