domingo, 3 de março de 2013

Jardim de pedra - Poema


Sempre pensei em elaborar bem meus escritos, mas uma amiga ai me disse que escrevo bem e que só não deveria me preocupar tanto com metro, forma, simetria... Enfim, tinha que ser livre e feliz.

Então, desencanei. 

Desencanei depois de um longo processo de descompromisso e desencantei de querer impressionar (afinal quem não quer reconhecimento?) 

No final o que nos sobra de uma atitude assim é aquele efeito reverso e contraditório: quanto mais buscamos o reconhecimento e a afirmação da identidade lá fora, menos nos reconhecemos aqui dentro.

Obrigado Mari Ana Marcondes, esse é pra você.

Jardim de pedra

Além das nuvens, um firmamento.
Tenho consciência
das estrelas que brilham.

Os homens plantam prédios.
Carros, carruagens
de uma novelha era.

Tão próximo o que é distante
e o que é próximo, não se sabe,
não se enxerga (a)o certo.

O homem faz (um)a natureza
artificial como seus desejos.
Deus déspota, expulso do paraíso.

Como seus desejos, com água
E farinha.
Aliás, comi um dia.

Devorei uma noite tranquila,
num passar compassado
na avenida.

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