segunda-feira, 12 de novembro de 2012

A um passo da loucura (ou já atolado nela)

Oeee! Quem é vivo, sempre aparece, já diria o velho ditado. 

Depois de um tempo desaparecido, eis que surjo novamente, com uma nova postagem. Dessa vez não é poesia e nem autoral, mas é um texto de apoio moral que achei digníssimo e justo de ser publicado, também, auto explicativo das ausências prolongadas. Não que eu seja um produtor extensivo de conteúdo, mas gosto de manter um pouco mais que minimamente abastecido o blog.

Recebo um sms de Camila Gervaz pedindo ajuda para a prova de Literatura Portuguesa  IV que teremos amanhã (eu sei, só esse post e vou estudar, prometo). Mandei a resposta dizendo que no fim de semana eu pegaria o material que tenho para estudar e assim poderia lhe enviar alguma coisa que fosse de ajuda.

E chega a noite de domingo. E o que fiz? Nada. Simplesmente não consegui. Ou porquê tive que arrumar o quarto, ou porquê tive que me arrumar (fazer barba e outras coisas, afinal ainda não optei por virar hippie nem mendigo), ou por quê recebi bons convites para a noite ou por quê tive que levar a Angelina na veterinária. Enfim, chega um ponto na graduação e, principalmente, no fim do semestre onde tudo mais é interessante de se fazer, menos o que se relaciona a própria graduação. Eu faço Letras e vou dizer, até ler manchete dói, ainda mais com o nível erudição normativa dos jornais para ajudar (eles dizem ter, só que não, e defendem isso e a norma a ferro e fogo).

Eis aqui o email de desabafo da e minha incapacidade:
Camila, não sei se vou conseguir te ajudar por que não estou conseguindo me ajudar pra essa prova. To no modo de travamento acadêmico. To fudido, em resumo. Acho viável pesquisar sobre as questões das consequências do colonialismo português para Portugal e ler para se preparar. Veja tbm a "Psicanalise mítica do destino português", dado em classe. É um texto muito viável para apoio. 

Bjo e boa sorte!
 E aqui a resposta de apoio:
"Definição:

travamento acadêmico (também bloqueio, desespero, saco cheio ou vontade de mandar tudo pra pqp) ocorre de tempos em tempos na vida acadêmica de todo e qualquer indivíduo que esteja inscrito em um curso cuja duração ideal seja superior a 3 anos e a duração real seja indeterminada. A época em que este tipo de enfermidade costuma aparecer são os chamados fins de semestres, embora seja comum a existência de uma "crise existencial" anual a partir do terceiro ano.  (Crise existencial é um fenômeno semelhante ao travamento acadêmico em que o indivíduo aspira a uma vida social, leituras por fruição e a possibilidade de ir a teatros, cinemas ou dormir por mais de 4 horas, sendo que durante os períodos que precedem a crise o estudante costuma realizar dietas de 0 a 4 horas de sono).

Tratamento:

Os tratamentos mais indicados consistem em submenter o indivíduo afetado a uma elevada dose de álcool, normalmente acompanhada de passos de dança e conversações cujo teor não possua nenhum vínculo direto (ou mesmo indireto) com a área de estudos do paciente. Os temas mais recomendados são atividades de ócio e sexo.

Alguns afirmam que também há uma técnica bastante eficaz chamada "mandar tudo pra pqp", mas há os que recomendam também doses diárias de atividades físicas que liberam suor e serotonina ou alimentos em que a substância esteja presente (acompanhada de muito açúcar).

Esse foi o meu momento de relax pra esse fim de semestre, espero ter te ajudado de alguma forma e qualquer coisa, dá um grito e a gente vê um filme, toma um café ou come chocolate!!!

Bjs e se cuida"
Esse post é uma homenagem a Camila e todos meus amigos que me apoiam de alguma forma, a Angelina que está doente, e principalmente a você, estudante universitário que, como eu, está num momento de crise existencial brava com a graduação, consigo e com o mundo.

Chega um momento em que você escolhe, ou uma carreira brilhante ou uma vida brilhante. Já ouvi e vi muitos casos de acadêmicos que passam a vida enfiados nos estudos e acabam sendo os que mais perdem a linhas nas festas por aí. Lógico, dose bem para não virar um boçal, mas a grande sacada é "leve a vida leve".

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