domingo, 2 de setembro de 2012

Poema: A vida na superfície da folha em branco

Simples, direto e sem firulas. Esse poema assim saiu e assim vai. Foi meio como redescobrir o tesão juvenil de escrever versos. 

É bom, não é? Não sei.

Sei que é quase uma prosa, que proseio com você que aqui está para ler estas linhas.

E ae, tua vida ta passando em brancas nuvens?


A vida na superfície da folha em branco

Em pé, vivendo e morrendo continuamente. 
Essa é a ordem natural da vida.
O velho, a base do novo que nasce e que vem. 
Seu pó, alimento das sementes que também o serão.

Me mantenho firme, vivendo e acumulando histórias, 
para quando meu cofre delas se encher,
eu poder acumular outras mais.

Em pé mantenho a postura, punhos cerrados.
Luto, constantemente.
Passar em branco não é uma opção.

Vou vivendo, rabiscando folhas,
retirando os brancos absolutos 
com meus pesadelos e sonhos.

Acumulo minhas e outras histórias.
Viver em branco não é uma opção.
A vida na superfície da folha em branco,
em brancas nuvens não passará.

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